Respiradores para as micro e pequenas empresas

Por Repórter Colaborador

Penha(SC) – Na atual circunstância, nunca foi tão falado em se reinventar, principalmente nos órgãos públicos, privados e nas redes sociais. No turismo, para micro e pequenos empreendedores isso é questão de sobrevivência.

Falar de quarentena com dinheiro no banco e geladeira cheia não é tão ruim assim, mas quarentena sem dinheiro e com a geladeira vazia é traumático e danoso para o corpo e para mente, e até o momento pouco se foi feito de efetivo.

A MP 963 que libera 5 bilhões para o setor de turismo, principalmente para atender as micro e pequenas empresas, com juros mais baratos e carência de até 12 meses, na prática passa longe das possibilidades e alcance dos mesmos. No formato de linha de crédito com garantias, os recursos acabarão seguindo o percurso de sempre indo para os mesmos.

É claro que todo setor precisa de apoio financeiro, do menor ou maior , para passar por esse período crítico e manter suas finanças em dia. Principalmente a folha de pagamento no período em que as receitas despencaram a zero.

As grandes empresas se financiam, mas as pequenas e médias, essas precisam de ajuda financeira, e que só ocorrerá se os órgãos públicos levantarem a bandeira pela sobrevivência delas que são tão importantes na cadeia produtiva do seguimento.

No cenário que se desenha, o mercado será retomado com a convivência com a Covid-19. As tão faladas “mudanças de hábitos” e adequações internas de procedimentos, de acordo com as exigências da vigilância sanitária, exigirão alguns investimentos tão necessários que serão básicos para a reabertura e para se enquadrar no novo “normal”.

Em meio a tudo isso, temos que conviver com uma grave crise política visando os interesses próprios e vidas humanas sendo utilizadas como âncoras para fraudes e superfaturarementos nas compras de respiradores para a saúde, onde a contagem de vidas que se vão é o que menos importa.

Então, cabe a torcida para que os nossos governantes consigam os “respiradores financeiros” para a tão necessária sobrevivência econômica ao alcance das micro e pequenas empresas da cadeia produtiva do turismo. Claro, os riscos de inadimplência existem , e ocorrem independentes da pandemia. Pois as variantes continuam se apresentando seguindo o rumo da economia e das estratégias escolhidas.

A questão é que o atual momento requer atitudes urgentes, que precisam de união e boa vontade pública e privada na viabilização de créditos com subsídios de riscos com maior flexibilidade de acesso. E por que não considerar como garantia a permanência ativa de mais de 90% da cadeia produtiva do turismo que geram milhões de empregos da indústria de viagens no Brasil?

Se algo não for feito a curto prazo é o mesmo que deixar parte do setor a deriva, como em um “Game de sobrevivência”, ou jogos mortais, deixando um aviso: “Salve-se quem puder! E sobrevivam sozinhos e isoladamente como sempre o fizeram , e quem conseguir sobreviver sem a ajuda de respiradores, venham nos visitar e tomar um café que apoiaremos a sua causa”.

Por Antonio Nascimento
Vice Presidente da NUPHOPE (Associação de Pousadas e Hotéis de Penha-SC)


Antonio Nascimento é diretor da Pousada Bougainville em Penha, Santa Catarina. E colunista do Portal Turismo&Eventos.

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